quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Bioética e Células Tronco


Células tronco
são  as  células  fundamentais  de  todo
órgão,  tecido  e  células  do  corpo.  Essas
células são encontradas em todo embrião,
e delas, que inicialmente são todas iguais,
são criadas todas as células específicas do
corpo.  Sendo  assim,  uma  vez  que  uma
célula tronco é colocada em contato com
outras células, por exemplo, pulmonares,
ela se transformaria e ficaria igual a essas
outras.  Os  benefícios  médicos
provenientes dessa pesquisa são variados
pois as células podem se auto-generar, ou
seja,  elas  podem  se  dividir  para  criar
outras células tronco.
As células tronco embrionárias são
derivadas  da  massa  celular  interior  do
blastocisto,  o  nome  dado  ao  estágio
atingido  após  cinco  dias  de
desenvolvimento  do  embrião.  O
blastocisto  é uma  bola oca formado por
cerca de 150 células e contém dois tipos de
células, de onde são extraídas as células
tronco embrionárias. Essas células tronco
extraídas  não  se  transformariam  numa
pessoa  adulta,  pois  o  blastocisto  não  é
capaz  de  gerar  por  si  só  os  tecidos
necessários  para  um  desenvolvimento
pleno de um ser  humano,  algo possível
somente na placenta.

BIOÉTICA NO BRASIL - INICIATIVAS INSTITUCIONAIS


A Sociedade Brasileira de Bioética (SBB) instituida em 18 de fevereiro de 1995, tendo como seu primeiro presidente e fundador o Prof. Dr. Willian Saad Hossne. Atualmente conta com cerca de 600 sócios, das diversas áreas do conhecimento humano, o que reforça seu caráter pluralista e multidisciplinar.
Trabalha com as finalidades de reunir pessoas de diferentes formações científicas ou humanísticas interessadas em fomentar o progresso e difusão da Bioética; estimular a produção cultural de seus associados e divulgar os propósitos da Bioética; assessorar, quando solicitada, projetos e atividades na área de Bioética; patrocinar eventos de Bioética, de âmbito nacional e internacional; apoiar movimentos e atividades que visem à valorização da Bioética e deles participar; defender os interesses profissionais de seus membros, no desempenho de atividades ligadas a Bioética.
Já foram presidentes da SBB: Marco Segre, Volnei Garrafa, José Eduardo de Siqueira e Marlene Braz.
Atualmente o presidente da SBB é o professor Paulo Antônio de Carvalho Fortes, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP).
Até o início de 2010 já havia realizado oito congressos brasileiros, em várias partes do Brasil. O próximo, previsto para 2011, deve acontecer em Brasília, DF.
Confira, a seguir, quais foram os congresso                                          os já realizados:

A IMPORTÂNCIA DA BIOÉTICA


ÉTICA E MORAL
Atualmente se discute muito sobre ética: ética na
política, ética na educação, ética na pesquisa, ética na
saúde, etc. Mas, o que é ética? Qual a diferença entre a
ética e a moral?
O termo ética provém do grego ethos, que significava “morada”, “lugar em que vivemos” e passou a
significar “o caráter”; “o modo de ser” que uma pessoa
ou um grupo vai adquirindo ao longo da vida. Por outro
lado, “moral” procede do latim mos, moris que significava “costumes”, mas passou a significar, também, “cará-
ter” ou “modo de ser”. Apesar dos termos ética e moral
serem etimologicamente equivalentes, moral é diferente
de ética.
Moral é um conjunto de princípios, valores e normas que regulam a conduta humana em suas relações sociais em determinado momento histórico. O que é moral
em um momento pode não ser em outro. A moral é imposta, por exemplo, pelo Código Civil. A ética implica
na opção individual, escolha ativa, requer adesão íntima
da pessoa a valores, princípios e normas morais. A pergunta básica da moral é “o que devemos fazer?”, enquanto que a da ética é “por que devemos fazer?”, ou seja,
“que argumentos corroboram e sustentam o que estamos
aceitando como guia de conduta?”.
Portanto, o comportamento ético exige reflexão
crítica diante dos dilemas, na qual devem ser considerados, entre outros, os sentimentos, a razão, os patrimônios
genéticos, a educação e os valores morais. Essa reflexão
pode causar desconforto, ansiedade e angústia, visto ser
um processo ativo “de dentro para fora”, e é por isso que
sem a autonomia, a justiça e a tolerância para ouvir os
pontos de vista dos outros e aceitar em mudar os pró-
prios, não existe o comportamento ético.
GÊNESE E DESENVOLVIMENTO DA BIOÉTICA
Discutir sobre ética nos remete à Bioética, que
procede do grego bios, vida e  ethos, ética, que significa
ética da vida. Mas, como ocorreu a gênese e o desenvolvimento da Bioética?
O termo Bioética foi descrito pela primeira vez em
um artigo de 1970 de Van Rensselaer Potter, The science
of survival e, no ano seguinte, num livro do mesmo autor
Bioethics: bridge to the future.  Também em 1971, Andre
Hellegers utiliza esse termo para nomear o Institute for
Study of Human Reproduction and Bioethics, instituição
importante na gênese e desenvolvimento da Bioética.
Entretanto, determinar o nascimento da Bioética não é
fácil, vários são os fatos e documentos que tiveram impacto na sua gênese e desenvolvimento.
Dentre os documentos e acontecimentos relevantes, destacamos o Código de Nuremberg (1947), conhecido como o marco inicial sobre a discussão da ética na
pesquisa em seres humanos. Este código foi descrito
em virtude das atrocidades ocorridas durante a Segunda
Guerra Mundial, nos campos de concentração nazistas,
e relatadas no julgamento de Nüremberg (1946). Além
dessas atrocidades nazistas, a explosão da bomba atô-
mica no Japão, em 1945, também foi um fato histórico
importante para a reflexão Bioética.
Outros documentos importantes para a Bioética
foram a Declaração de Genebra (1948), que representou
uma atualização da ética hipocrática e a Declaração de
Helsinque (1964), que na realidade foi uma revisão do
Código de Nuremberg. Esta última foi revisada em 1975
(Tóquio), 1983 (Veneza), 1989 (Hong Kong), 1996 (Somerset West, República da África do Sul) e 2000 (Edimburgo, Escócia). Na última revisão da Declaração de
Helsinque estabeleceram-se, também, as normas para a
pesquisa médica sem fins terapêuticos.
Abaixo citamos alguns fatos históricos importantes de deslizes éticos na pesquisa biomédica que influenciaram a gênese da Bioética:
• caso Tuskegee (Alabama), iniciado nos anos 40
e perpetuado até 1972, quando  negou-se tratamento a quatrocentos negros sifilíticos.
                         

BIOÉTICA AMBIENTAL


O artigo apresenta uma visão geral da bioética, incluindo breve histórico do seu
desenvolvimento até os dias atuais. Descreve a bioética como ética aplicada, introduzindo os
referenciais epistemológicos da disciplina e  interligando-os com as situações ou problemas
concretos relacionados à responsabilidade do ser humano em relação ao meio ambiente. Através
de levantamentos bibliográficos apresenta o florescer da Bioética na atualidade, evoluindo de
modo acelerado e contínuo nos eventos e debates específicos acontecidos em todo o  planeta,
apresentando um rol de preocupações complexas que afetam a ordem moral existentes em vários
campos diferentes, entre eles o meio ambiente.  Objetiva despertar, ampliar  e focar para uma
reflexão sobre a importância dos temas relativos  à interseção entre a Bioética e às Ciências
Ambientais.  Concluindo que urge a  conscientização dos problemas coletivos, principalmente
sanitários e ambientais,  sendo de suma importância a construção de bases conceituais
diferenciadas para a bioética no sentido do adequado enfrentamento dos problemas persistentes
rotineiramente detectados, principalmente, nas nações em desenvolvimento.

DEFINIÇÃO DE BIOÉTICA E SUA RELAÇÃO COM A ETICA, DEONTOLOGIA E DICEOLOGIA


Bioética é a parte da Ética, ramo da filosofia, que enfoca as questões referentes à vida humana (e,
portanto, à saúde). A Bioética, tendo a  vida como objeto de estudo, trata também da  morte  (inerente à
vida).
Menciona-se, atualmente, a  Macrobioética, abordando matérias como a Ecologia, visando  à
preservação da espécie humana no planeta, ou a Medicina Sanitária, dirigida para a saúde de
determinadas comunidades ou populações, e a Microbioética, voltada basicamente para o relacionamento
entre os profissionais de saúde e os pacientes, e entre as instituições (governamentais ou privadas), os
próprios pacientes, e, ainda, no interesse deles, destas com relação aos profissionais de saúde.
Já vimos, em capítulo anterior, que nosso conceito de Ética (Cohen &  Segre) situa esse ramo da
filosofia a partir de uma visão tão autonômica quanto possível de cada ser humano, visando a uma
situação teórica de  descentramento  (proposto pelos filósofos da "ilustração"  - séc. XVIII, movimento iluminista). Isto significa a tentativa (teórica, conforme já se mencionou) de cada ser humano posicionar-se
individualmente com relação às mais variadas situações passíveis de estudo ético, como poderiam ser a
pena de morte, a dependência de drogas, o aborto, a engenharia genética etc.
Fizemos considerações quanto ao fato desse descentramento só poder ser tentado (produzindo certa
capacidade individual de abstração quanto às influências afetivas do ambiente em que se vive, e à cultura
prevalecente através da experiência psicanalítica - mediante a qual se obtém acesso às próprias emoções,
oferecendo-se a possibilidade de, percebendo-as, vaI oráIas (hierarquizando-as, portanto, pelo seu "peso"
social) e estabelecendo-se para cada indivíduo uma  "self-ética" ou ética resultante do desenvolvimento
do Ego.
Esse conceito de Ética contrapõe-se ao que chamamos de Moral, conforme já se expôs em capítulo
anterior, que resulta de juízos de valores impostos (pela família, pela sociedade, pela religião, pelos
códigos, escritos ou não) e que exclui a autonomia (crítica) do indivíduo, trazendo embutida a idéia de
prêmio (pelo ato "bom") ou de castigo (pelo ato "mau"). A Moral é resultado da obediência (o oposto da
autonomia), sendo representada, na pessoa, essencialmente pelo Superego.                                                     

O que é Bioética?

Bioética é o estudo transdisciplinar entre biologia, medicina e filosofia (dessa, especialmente as disciplina da ética, da moral e da metafísica), que investiga todas as condições necessárias para uma administração responsável da vida humana (em geral) e da pessoa (em particular). Considera, portanto, a responsabilidade moral de cientistas em suas pesquisas, bem como de suas aplicações. São temas dessa área, questões delicadas como a fertilização in vitro, o aborto, a clonagem, a eutanásia, e os transgênicos.